domingo, 29 de agosto de 2010

Peixes ornamentais




 Um dos peixes ornamentais mais comuns é o Betta.Os machos que são responsáveis pelo apelido de peixe-de-briga. Até hoje em lugares como China e Tailândia, paises de origem da espécie, ele é até hoje usado em rinhas, que valem muito dinheiro, isto porque originalmente, o macho não suporta a invasão de outro em seu território. As brigas são travadas entre fortes mordidas que são capazes de arrancar pedaços da cauda do peixe.




É justamente por isso que os machos não podem ser colocados em mesmos aquários, pois lutaram até a morte. Caso você tenha dois machos eles devem ser separados por vidros, e por plantas para que evite o contato visual. No caso da fêmea isso não é necessária pois estas não são agressivas, podendo assim viver em grupos.



Por ser um peixe bastante resistente o aquário dos betas não necessitará de filtros de água, nem aeradores ou plantas. A temperatura deve oscilar entre 26 a 32Cº e o ph por volta de 6,9. Coloque a água somente até a metade do volume do recipiente , e como o peixe não é nada exigente, pode-se utilizar água de torneira desclorada, ou seja, ''descansada'' por 24 horas. Já a água de poço pode ser usada diretamente. No entanto, se você prefere deixar seu peixe bem a vontade saiba que ele adoraria um ambiente com água levemente acida com uma ligeira vegetação e, na falta de um ''carpete aquático'' ficara satisfeito com u7m solo macio feito de húmus.



Devido ao seu comportamento natural de subir 'a superfície para complementar a respiração, os betas podem viver em águas paradas e com os mais baixos teores de oxigênio. Isto é possível devido ao labirinto, um a região dorsal que possui câmaras branquiais muito pregueadas e cuja função é captar oxigênio do ar, que é conseguido através de abocanhadas que o peixe dá na superfície. Esse é um habito necessária, pois suas brânquias são poucas desenvolvidas.



A grande maioria dos aquaristas é unânime em considerar o beta uma das espécies mais conhecidas em aquários. Só perdendo em termo de popularidade para o peixe japonês.



Reprodução



Os betas , assim como a maioria dos anabantídeos, podem ser facilmente reproduzidos em cativeiro, usando-se um aquário de aproximadamente 30 litros ( com água pela metade ) , plantado com tufo de samambaia-d´água ou cabomba,sem pedra ou cascalho e com temperatura em 28ºC.Nele será colocado um casal de betas , onde o macho dara inicio ao namoro perseguindo sua companheira por todo local ( pode ocorrer do macho não mostrar interesse ou rejeitar a sua pretendente e agredi-la ela então vai procurar um refugio para se esconder e o aquaristas deve tirar ela imediatamente e depois de uns 3 dias substituir por outra)



A característica ''corte nupcial'' ira durar cerca de 4 dias , quando então você deve separar o casal no próprio aquário.Para fazer isso, use use uma placa de vidro dividindo o ambiente ( cada um ficara de uma lado) ou então coloque a fêmea num pote de vidro dentro do aquário isolando-a do macho.Mantenha o aquário tampado para aumentar a umidade relativa do ar , deixando apenas uma pequena fresta de cada lado.Para a reprodução a fêmea não pode ser maior que o macho e deve estar barrigudinha com o ovopositor a vista.



A imagem da fêmea do outro lado do vidro excitará o macho que , estimulado dara inicio a construção do ninho de bolhas ( 24 horas apos a separação já é possível perceber uma espessa massa d bolhas na superficie0).A fêmea estará pronta para a desova quando , alem do ventre inchado apresentar também listras verticais em tom contrastante a da coloração de seu corpo.



Estando ambos preparados, junte novamente o casal e o macho imediatamente começara seu ritual, conduzindo a fêmea para perto do ninho, envolvendi-a num ''abraço'' e apertando-a suavemente, fazendo com que os óvulos sejam expelidos e ao mesmo tempo fecundando-os. A cada expulsão (poucos óvulos no começo, e depois mais de 20), a fêmea fica imovel na superficie proxima ao ninho e o macho nada atrás dos ovos. Ele os recolhe um por um, antes que atinjam o fundo do aquario, colocando-os então entre as bolhas do ninho. Feito isso, voltam aos abraços (por instinto dos peixes sabem que se os ovos tombarem no fundo do aquario eles não germinarão, devido ao baixo teor de oxigenio encontrado no fundo). Essa operação dura cerca de um dia e se estende até quando a fêmea já não tiver mais óvulos para expelir. Cada desova atinge em média de 200 a 700 ovos, dependendo da fêmea, sendo que apenas 50% eclodem e destes só 9% chegam à idade adulta.



Terminada a desova (percebida pela magreza da fêmea e mudança da coloração do ninho de bolhas - de transparente para leitosa), a fêmea será retirada do aquario, pois quando o macho pecebe que ela não mais desova passa a agredi-la 9no caso de algum ferimento, ela deverá ser tratada num aquário com água levemente salgada). Metade da agua do aquario de reprodução será sifonada afim de evitar uma maior pressão da agua quando os alevinos eclodirem. O macho ficará então encarregado da ''vigilancia'' até a eclosão, que se dá cerca de 24 a 48 horas, após a desova. Os recém-nascidos ficaram em posição vertical e imóvel nos 4 primeiros dias de vida e assim que começarem a nadar na horizontal, retire o macho do aquário.



A parte mais delicada da reprodução dos betas começa nesta fase. Como os alevinos ainda não tem o labirinto formado, nescessitarão de uma boa quantidade de oxigenio dissolvido na agua. Esta deverá então ser areada com uma bombinha de ar, ligada com uma pedra porosa. A tampa de vidro não pode ser retirada caso contrário haverá uma sensivel modificação na umidade do ar, o que irá prejudicar o labirinto em formação, e causar a morte dos alevinos ( o labirinto se inicia por volta da 3ª a 4ª semana e só se formam por completo aos 3 meses de idade).



A alimentação dos alevinos será oferecida a partir do 4º dia após a eclosão, dando-se infusórios até completarem 10 dias, quando então acrescenta-se artêmia recém-nascida. Quando atingir 2 centimetros inclua tubifex.



A partir da 3ª semana do nascimento, o nivel da água deve ser elevado 1 cm ao dia, até completar 20cm. Só faça a separação dos betas quando começarem as barrigas entre os machos podendo as femeas permanecerem juntas nos mesmo local.



De certo modo exigentes quanto a alimentação, não aceitam muito bem alimentos secos, prefirindo figado e coração de boi picados, pequenos insetos, artêmias salinas, e tubifex. Devem ser alimentados 3 vezes ao dia em pequenas porções.

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